A duas semanas das eleições, a quantidade de pessoas fazendo pedidos nos gabinetes dos vereadores de Lavras aumenta à medida que a votação se aproxima. Um dos parlamentares ouvido pelo O Lavrense calcula que o número de pedintes dobrou neste mês.
As solicitações aos candidatos à reeleição são variadas: saco de cimento, caminhão de terra, colocar bueiro, tirar bueiro, mudar poste de lugar, pagar boleto atrasado de loja de departamento e etc.
Os vereadores que figuram na lista dos mais assediados, no entanto, garantem que não cedem quando são interpelados pelos eleitores pidões. “A minha resposta é curta e grossa: não. Eles podem dizer: ‘aí não vou votar em você’. Eu digo: ‘se o seu voto vale apenas um saco de cimento, esse voto não vale para mim”, afirmou um vereador que tenta a reeleição.
Medo de "armação"
Os candidatos ao legislativo lavrense estão receosos em atender aos pedidos porque a lei não permite o aliciamento do eleitor. “Temos que ter cuidado porque isso pode até ser uma armadilha de algum concorrente, mandando o cidadão pedir alguma coisa e pegar o vereador. Estamos na reta final da campanha e isso pode acontecer”, afirmou um candidato.
Especialistas afirmam que essa situação se deve ao desconhecimento das atribuições do legislador, que transforma a Câmara em balcão de pedidos, é fruto da tradição patrimonialista do povo brasileiro.
Uma coisa é certa: essa confusão sobre o público e o privado e que provoca pedidos em série para parlamentares não é exclusiva entre pobres. Enquanto o eleitor “miserável” procura os políticos para pedir para pagarem conta de luz, o empresário recorre ao candidato na tentativa de garantir eventuais “vantagens” para sua empresa após o período eleitoral.
20/09/08
As solicitações aos candidatos à reeleição são variadas: saco de cimento, caminhão de terra, colocar bueiro, tirar bueiro, mudar poste de lugar, pagar boleto atrasado de loja de departamento e etc.
Os vereadores que figuram na lista dos mais assediados, no entanto, garantem que não cedem quando são interpelados pelos eleitores pidões. “A minha resposta é curta e grossa: não. Eles podem dizer: ‘aí não vou votar em você’. Eu digo: ‘se o seu voto vale apenas um saco de cimento, esse voto não vale para mim”, afirmou um vereador que tenta a reeleição.
Medo de "armação"
Os candidatos ao legislativo lavrense estão receosos em atender aos pedidos porque a lei não permite o aliciamento do eleitor. “Temos que ter cuidado porque isso pode até ser uma armadilha de algum concorrente, mandando o cidadão pedir alguma coisa e pegar o vereador. Estamos na reta final da campanha e isso pode acontecer”, afirmou um candidato.
Especialistas afirmam que essa situação se deve ao desconhecimento das atribuições do legislador, que transforma a Câmara em balcão de pedidos, é fruto da tradição patrimonialista do povo brasileiro.
Uma coisa é certa: essa confusão sobre o público e o privado e que provoca pedidos em série para parlamentares não é exclusiva entre pobres. Enquanto o eleitor “miserável” procura os políticos para pedir para pagarem conta de luz, o empresário recorre ao candidato na tentativa de garantir eventuais “vantagens” para sua empresa após o período eleitoral.
20/09/08
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