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Jussara nega irregularidades na compra de medicamentos pela prefeitura de Lavras

O Clima ficou tenso durante a Sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Lavras, realizada na última sexta-feira (30). Houve uma intensa troca de farpas entre a prefeita Jussara Menicucci (Psdb) e o vereador Dr. Marcos Cherem (Psd). No centro da polêmica, estava o Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre o Estatuto e Planos de cargos, carreiras e vencimentos do magistério e também as denúncias sobre suposto superfaturamento na compra de medicamentos adquiridos pelo governo municipal.

A prefeita Jussara Menicucci negou a existência de qualquer irregularidade na compra de medicamentos. Segundo ela, a denúncia foi uma tentativa de “linkar” a sua administração aos escândalos que vem sendo divulgados pelo programa “Fantástico” da Rede Globo, envolvendo hospitais do Rio de Janeiro.

Quiseram ofender a prefeita, mas ofenderam todos os nossos servidores que fazem um trabalho exaustivo para prestar um bom serviço à nossa população”, afirmou a prefeita.

O vereador Dr. Marcos Cherem questionou a prefeita sobre uma nota de compra de medicamento, de maio de 2011, onde foram adquiridos 20 mil comprimidos de Rispiridonda 2mlg a R$0,05 cada unidade, totalizando R$1.000,00. Em julho do mesmo ano, o setor de compras do Fundo Municipal de Saúde teria comprado 100 caixas do mesmo remédio com 20 comprimidos cada uma, totalizando 2 mil unidades, por R$5.000,00 . Dessa forma cada comprimido saiu por R$2,50, ou seja, 50 vezes mais.

A prefeita disse todo o processo de compra de medicamentos é chancelado pelo Controle Interno do município e que um processo de sindicância foi aberto e, se houver alguma irregularidade, o responsável será punido.

Retroatividade

Muitos professores que foram ao plenário para acompanhar a votação dos projetos saíram frustrados. A proposta que previa a aplicação de uma recomposição salarial pelo INPC de 5,47% e um aumento real único para todos os servidores foi derrotada. Pelo projeto aprovado, os aumentos além do INPC vão variar de 0,49% a 10,15%.

Como era de se esperar, a prefeita e o vereador oposicionista tem opiniões diferentes sobre a "demagogia" envolvendo o aumento para os servidores da educação. Ouça o que disse a prefeita e a réplica do vereador

A prefeita disse que os limites de gastos com pessoal, impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, impedem que o aumento de salário retroativo seja pago a todos os servidores do magistério e, por esse motivo, apenas os servidores da Educação Básica A receberão o aumento retroativo a 1º de janeiro de 2012.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Lavras, Edmar de Souza, o Baiano, não compareceu a reunião.

31/03/12