Preço dos alimentos dispara e cesta básica já acumula alta de 7,86% em Lavras

Com a disparada dos preços dos alimentos, a inflação do mês passado em Lavras superou as previsões, que já eram pessimistas, e elevou o risco de estouro do teto fixado pelo governo. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ficou em 1,23% no mês de abril. No mês passado, a alta foi de 1,75%. De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, essa taxa de inflação foi puxada, principalmente, pelas despesas com alimentos (3,28%), vestuário (2,61%), higiene pessoal (0,65%), material de limpeza (0,57%), bebidas (0,81%), moradia (0,42%), educação e saúde (0,2%), serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha), 0,28% e gastos com lazer, 0,07%.

O resultado confirma a tendência de alta do IPC da UFLA para este ano. Em janeiro ficou em 1,51%, passando para 0,73% em fevereiro, atingindo 1,75%% em março e chegando 1,23% em abril, 2,39%. No acumulado do ano de 2014, o índice divulgado pela UFLA ficou em 5,32%. Ainda segundo Ricardo Reis, este resultado já ameaça a meta inflacionária projetada pelo governo. Essa meta, definida no início do ano pelo Banco Central, era de 4,5% a.a., com tolerância de 2,0% a mais (até 6,5% a.a.). A cesta básica de alimentos variou 439,29% em janeiro para 473,86% em abril, acumulando um aumento de 7,86%.

Entre os alimentos, as altas em abril aconteceram nos segmentos dos produtos in natura, aumento no mês de 17,49%, e nos industrializados, que ficaram mais caros 5,76.%. Os produtos semielaborados ficaram mais caros 1,81%. Dos alimentos que mais afetaram o bolso do consumidor foram: batata (66,33%), tomate (33,75%), vagem (31,06%), pimentão (31,25%), alface (8,89%), mandioca (23,28%), cenoura (22,15%) e frutas em geral. A carne de frango também pressionou a inflação do mês, com aumento de 5,89%, e entre nos industrializados, os aumentos ficaram nos derivados de trigo (farinha e pães) e nos dos lácteos (creme de leite, leite em pó, leite condenado, leite fluído e longa vida).

E contribuíram para segurar em parte a inflação mensal divulgada pela Ufla, as quedas verificadas nos itens que compõem os bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e informática), que ficaram em média mais baratos 2,61%, influenciados pela variação do dólar e nas despesas com transporte (-0,80%), afetados pelas quedas nas promoções de veículos novos e semi-usados.

02/05/14

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