Bispo muda comando de diversas igrejas em Lavras

O bispo diocesano de São João del-Rei, Dom José Eudes Campos do Nascimento, emitiu na tarde desta quinta-feira, 30, uma Circular informando algumas alterações na Diocese. No caso de padres que atuam em Lavras foram anunciadas as seguintes mudanças: O padre Antão Roberto de Melo,Pároco da Paróquia São Sebastião, será transferido para a Paróquia de São Vicente Férrer, em São Vicente de Minas. Em seu lugar assumirá o padre Neidir Antônio Nogueira Vale.

O padre Samuel Carvalho Detomi será o novo Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, substituindo o padre Clayton Nogueira, que será Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida onde, por sua vez, assume o cargo que era do padre Marcos Alexandre Pereira, que agora será Pároco da Paróquia São Judas Tadeu, em São João del-Rei.

No comunicado, o bispo falou da importância das transferências de padres e apresentou a lista com as mudanças. Confira:

Transferências de padres: algumas reflexões

Dentre as muitas competências do bispo diocesano está a de transferir padres, sendo, sem dúvidas, umas das mais complexas e delicadas tarefas do ofício. Mudanças sempre provocam apreensão, o novo apresenta certo estranhamento, nem sempre é fácil recomeçar. Entretanto, é uma tarefa importante e necessária à boa condução da Igreja Particular. Atentos ao clamor do Espírito Santo, que sopra onde quer (cf. Jo 3,8) e que conduz a Igreja sentimos a necessidade de mudanças, ainda que difíceis. Nesse sentido, proponho alguns pontos de reflexão:

1. Por que transferir?

As transferências de padres não são atitudes isoladas ou sem sentido. São decisões tomadas após várias fases de amadurecimento e reflexão. O bispo, ao propor mudanças, o faz depois de ouvir os padres, conselhos e após oração e reflexão pessoal. A decisão de transferir visa o bem da Igreja e a renovação da Comunidade.

2. Como reagir?

Por mais difícil que seja aceitar a novidade, o presbítero deve ter em seu horizonte vocacional o apelo missionário, sendo aberto a novos rumos e novos trabalhos. Posturas de abertura e docilidade tornam as mudanças mais aprazíveis e fáceis, ajudando tanto o padre quanto a comunidade na adaptação das novas realidades.

3. E a comunidade, como fica?

Não raramente, a comunidade paroquial estranha a mudança, por se mostrar satisfeita com o trabalho do padre ou por empatia com o mesmo. Isso é um sinal positivo, pois avalia bem o trabalho até então desempenhado. No entanto, existem necessidades outras que devem ser consideradas. A comunidade deve ser preparada para essa realidade. Se o padre fez muito, foi bom, conquistou o povo, ele pode também prestar esse serviço a outras comunidades. Ao mesmo tempo, seu substituto saberá reconhecer esse trabalho e empenhar seus próprios talentos para o bem do povo de Deus. É bom que a comunidade não se sinta lesada, mas saiba que não será, de maneira alguma, desamparada.

4. Quais são os benefícios das transferências?

O processo de mudança é muito salutar, para ambas as partes. Para o padre é uma oportunidade de recomeço, de se reinventar no ministério. É ocasião de grande renovação de ânimo e de se conhecer novas realidades. A permanência prolongada de uma única paróquia acaba por reduzir as perspectivas pastorais do sacerdote e, por vezes, provocando nele certo desânimo. Para a comunidade é o momento fértil de receber e conhecer outro pastor, que certamente trará consigo muita vontade de evangelizar. A paróquia também se renova com um novo padre, mesmo que o anterior tenha sido muito bom. A comunidade experimenta, com as mudanças, oportunidade de rever a caminhada e de se abrir a novos projetos e novas experiências. É a vivência do Evangelho, que nos ensina que a Igreja é de Cristo e é ele que faz novas todas as coisas (cf. Ap 21,5). É inegável que mudar exige sacrifícios e renúncias. Mas também é inegável que traz benefícios incontáveis.

5. Serei transferido: e agora?

Diante da possibilidade da mudança o padre deve manifestar obediência e sentimento de comunhão eclesial. Foi para a Igreja que foi ordenado. É preciso sensibilidade para aceitar a mudança e responsabilidade para lidar com transição. Expor motivos reservados, pessoas, culpar o Bispo, tudo isso só dificulta mais as coisas, criando clima ruim e inseguro para quem vai começar um trabalho. A abertura de coração e a cooperação com as necessidades da Igreja serão, certamente, caminhos seguros para o recomeçar. Pode ser que seja um momento difícil, mas com alguns ajustes, acertos e erros o trabalho será bem sucedido. O importante é receber de coração aberto as novas funções que a Igreja lhe atribui.

Enfim, o Evangelho é uma “boa-nova”, algo de bom que se apresenta sempre novo e atual. E nós, os pastores do povo, temos que ser tão bem esclarecidos como aquele pai que sabe retirar de seu tesouro coisas novas e velhas (cf. Mt 13,52). Somos capazes disso. Podemos recomeçar a partir de Cristo e colaborar efetivamente na construção do Reino, em qualquer lugar em que estejamos. Que as mudanças todas a que somos sujeitos nos capacite cada vez mais em prol da construção do Reino de Deus.

Confira todas as nomeações e transferências:

Depois de ouvir o Conselho Presbiteral, na reunião do dia 30 de maio o Senhor Bispo Dom José Eudes Campos do Nascimento nomeou:

• Pe. Fábio José Damasceno, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, em Nazareno.

• Pe. João Rodrigues de Paula, Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Dores de Campos.

• Pe. Claudir Possa Trindade, Pároco da Paróquia Sant’Ana, em Barroso.

• Pe. Pedro de Jesus Wiermann, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Barroso.

• Pe. Samuel Carvalho Detomi, Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Lavras.

• Pe. José Walter S.de Carvalho, Pároco da Paroquia do Sagrado Coração de Jesus, em Minduri e Ecônomo da Diocese.

• Pe. Antão Roberto de Melo, Pároco da Paróquia de São Vicente Férrer, em São Vicente de Minas.

• Pe. Rondineli Cristino, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Prados.

• Pe. Marcos Alexandre Pereira, Pároco da Paróquia São Judas Tadeu, em São João del-Rei.

• Pe. Álisson André Sacramento, Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Tiradentes.

• Pe. Neidir Antônio Nogueira Vale, Pároco da Paróquia São Sebastião, em Lavras.

• Pe. Clayton Nogueira, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Lavras.

• Pe. Paulo Marcelo Daher Gomes Filho, Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Lagoa Dourada.

• Pe. Ademir Sebastião Longatti, Capelão da Santa Casa de Misericórdia, em São João del -Rei.

• Pe. Javé Domingos da Silva, Reitor do Seminário São Tiago/ Teologia e Filosofia, e Vigário Paroquial da Paróquia da Catedral Basílica de N.S.do Pilar.

• Pe. Victor Bertulino da Silva, Pároco da Paróquia São José, em Itumirim

• Pe. José Roberto Vale Silva, Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Itutinga.

• Pe. Bolivar Vieira de Resende, Paróquia São Sebastião, em Santa Cruz de Minas.

• Pe. Geraldo Magela da Silva, Vigário Geral

Peço a oração de todos pela nossa Diocese. Que Nossa Senhora do Pilar, nos abençoe hoje e sempre.

Recebam as minhas bênçãos.

Dom José Eudes Campos do Nascimento

Bispo Diocesano

30/05/19

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