Máscaras de mergulho são adaptadas para o enfrentamento da Covid-19

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras desenvolveram um adaptador para converter o equipamento em máscara de respiradores mecânicos


Máscaras de mergulho são adaptadas para o enfrentamento da Covid-19

Professores e estudantes do curso de engenharia mecânica e dos departamentos de Física e de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (Ufla) desenvolveram um adaptador para converter máscaras de mergulho em máscaras de respiradores mecânicos. O equipamento será usado por pacientes infectados com o novo coronavírus com o objetivo de trazer mais segurança, principalmente, para os profissionais de saúde, que estão na linha de frente ao combate da Covid-19.

O coordenador do curso de Engenharia Física, Jefferson Esquina Tsuchida, que está à frente do projeto, explica que o adaptador foi criado para que o ambiente interno da máscara não contamine a atmosfera externa. “Com o uso da máscara, no processo de expiração, o ar que sai do pulmão do infectado não vai para o ambiente externo, ele retorna para o respirador que faz uma filtragem, gerando maior segurança para os profissionais de saúde. Se esses profissionais são contaminados, a reposição dessa mão de obra qualificada pode atrapalhar no combate à doença”, detalha Jefferson.

O professor conta que a iniciativa do projeto partiu dos alunos de engenharia mecânica, que fazem parte da empresa Torque Jr da Ufla. Eles pesquisaram uma ação semelhante realizada na Itália. “A produção de respiradores mecânicos não é algo trivial, e como queríamos algo para ajudar de maneira rápida na linha de frente, vimos que o projeto mais factível no momento era a adaptação dessas máscaras”, afirma.

A produção do equipamento gera uma economia de mais de R$ 1,5 mil, uma vez que o modelo adaptado fica em torno de R$ 400, enquanto uma máscara hospitalar, de face inteira, custa, em média, R$ 2 mil. A previsão é que sejam produzidos 20 kits para doação e utilização no Sistema Único de Saúde (SUS), em Lavras.

O coordenador do curso de engenharia civil da Ufla, que também é membro do Colégio Estadual de Instituições de Ensino (CIE) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), Lucas Henrique Abreu, lembra que as instituições de ensino superior sempre foram extremamente importantes para o desenvolvimento do país. 

“Neste momento histórico não está sendo diferente. Por exemplo, as diversas estratégias executadas pela Universidade Federal de Lavras demonstram eficiência e comprovam que as ações produzidas em ensino, pesquisa e extensão geram impacto diretamente na sociedade”, afirma Lucas.

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