Um levantamento feito pelo jornal Folha de São Paulo revela que pelo menos 163 estudantes forma expulsos de universidades federais por fraudes em cotas raciais. De acordo com a reportagem, publicada no domingo (16), na Universidade Federal de Lavras (UFLA), foram 4 alunos expulsos por esse motivo.
O sistema de cotas foi adotado pela UFLA há oito anos e, desde então, 50% das vagas têm que ser reservadas para grupos que englobam questões sociais e raciais. Quem opta pela definição de etnia e raça, precisa preencher um documento se autodeclarando preto, pardo ou indígena.
Ainda segundo a Folha, entre as instituições que enviaram os dados solicitados pelo jornal, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) lidera em relação ao número de alunos expulsos. Após processos administrativos individuais, 33 pessoas foram desmatriculadas naquela instituição. Em segundo vem a Universidade Federal do Ceará (UFC) , com 29 alunos expulsos.
Segundo o Ministério da Educação (MEC) o que o que cabe ao órgão é "verificar se as instituições estão ofertando, no âmbito do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o quantitativo de vagas correspondente ao que a lei determina". O MEC diz ainda que "a lei atribui às instituições qualquer problema em relação aos seus alunos, incluindo alguma autodeclaração que venha a ser inverídica”.