As investigações iniciaram em fevereiro deste ano, pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Lavras. Durante as apurações, foram ouvidas três vítimas e diversas testemunhas que apontaram que os crimes eram cometidos pelos suspeitos em um centro religioso.
Levantamentos apontam que as vítimas teriam sido abusadas sexualmente, ou presenciado os abusos pelos suspeitos, que também ofereciam drogas e bebidas a adolescentes e os levavam para cometer crimes, como furtos.
As vítimas acreditavam que não poderiam recusar o que era oferecido pelos suspeitos por serem representantes religiosos. A partir disso, os abusos sexuais eram cometidos. Uma das vítimas relatou que foi obrigada a manter relação sexual com os suspeitos sob pena de não comprarem medicamentos para o irmão, portador de HIV, o que configura suposta violação sexual mediante fraude.
Já em relação ao fato de usarem da religião para que os adolescentes cometessem furtos, os suspeitos os ameaçavam a serem penalizados, deixando as vítimas até mesmo sem alimentação. No local, dois irmãos de 16 e 17 anos relataram que recebiam moradia e alimentação em troca de trabalho, fazendo inclusive a limpeza do local.
As investigações prosseguem a fim de identificar outras vítimas que sofreram abusos pelos investigados.
Fonte: Ascom PCMG