O Ministério Público de Minas Gerais, através do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), trabalhou em conjunto com as Promotorias de Justiça de todo o estado para identificar possíveis ameaças a municípios mineiros e evitar a ocorrência de atos de violência, especialmente após o terrível incidente envolvendo crianças em uma creche de Blumenau no dia 5 de abril.
Desde então, surgiram diversas postagens em redes sociais contendo ameaças de novos ataques a escolas, supostamente planejados para ocorrer no dia 20 de abril, data em que ocorreu o “Massacre de Columbine”, em 1999.
Entre os dias 9 e 20 de abril, o Gaeciber analisou 98 contas e grupos em redes sociais que continham menção direta ou indireta a ataques a escolas. Como resultado, foram instaurados procedimentos conjuntos em relação a oito casos nos quais havia instigações ou ameaças consistentes contra escolas ou municípios mineiros.
O Gaeciber adotou diligências cibernéticas emergenciais e obteve êxito em 100% dos casos, identificando e localizando 11 adolescentes responsáveis pelas postagens ameaçadoras ou instigadoras de violência no Instagram, Twitter e TikTok. Em todos os casos, foi acionado o protocolo de segurança para proteção às escolas em foco, para oitiva dos adolescentes e para colheita de provas no local dos fatos.
O promotor de Justiça Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador do grupo, destacou que a integração entre o Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Secretaria de Educação e os órgãos de apoio à criança e ao adolescente foi fundamental para evitar a ocorrência de episódios de violência no dia 20. Ele afirmou ainda que a atuação permanecerá em novas ações para continuar proporcionando segurança a alunos, pais, professores e funcionários de escolas.
Essa ação conjunta do Gaeciber e das Promotorias de Justiça de todo o estado de Minas Gerais mostra o compromisso com a segurança da população e a importância da atuação eficiente no combate aos crimes cibernéticos e à violência escolar.