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Para o historiador e especialista em religião , Eduardo Bastos de Albuquerque, a grande concentração de igrejas na cidade e muitas delas espalhadas pelas zonas consideradas mais vulneráveis socialmente e, conseqüentemente mais populosas, é creditada à “saúde” tanto econômica quanto física da população lavrense.
“Parte dos moradores dessas áreas é pobre, o SUS (Sistema Único de Saúde) não funciona e a única forma de ter os problemas ‘resolvidos’, não só de saúde, mas principalmente financeiros, passa a ser as igrejas. Onde mais arrebatar fiéis? A promessa da resolução para os mais diversos males, por exemplo, para dependentes químicos, que têm ali o tratamento quase sempre de graça, atrai muita gente”, afirma.
Maioria
No ranking da fé, os templos evangélicos são maioria em todas as regiões geográficas do município. Eles correspondem a maioria das instituições religiosas no município.
Já os católicos vêm em segundo lugar, seguidos pelos Espíritas que ocupam a terceira posição no número de templos religiosos. O restante diz respeito a outras religiões. A predominância das igrejas ou templos evangélicos no município não significa, que a população lavrense seja predominantemente evangélica. Muitas dessas igrejas têm poucos fiéis, mesmo que sejam mais numerosas em relação a estabelecimentos.
A hipótese é reforçada pela pesquisa "Retrato das Religiões no Brasil", publicada no ano passado pela Fundação Getúlio Vargas, com base em dados do último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo revela que apenas 17,86% dos moradores de Lavras se dizem evangélicos contra 69,22% que se declaram católicos. Outras religiões somam 8,28% da preferência da população, enquanto 4,64% dos lavrenses dizem não ter uma religião específica.